As fotografias dessa exposição virtual foram tiradas no período compreendido pelos quatro últimos anos, tendo como sítios várias localizações no Estado de Rondônia, onde moro com minha mulher e filhas.
Nelas, procurei registrar aquilo que os olhos, de fato, não viram, pois elas se originaram da mediação das lentes e sistemas digitais de câmeras. As imagens reais, tais como vistas e apreendidas pela retina e registradas na memória, se perderam há muito, sendo substituídas por novas imagens e novos esquecimentos como o fluir de um rio que, à jusante e montante, não tem fim…
Mas o que foram registras nessas fotos?
Imagens prosaicas de árvores as mais variadas e que são endêmicas na região. Ipês, castanheiras, paineiras etc, nos mais variados estágios de floração e de desfolhação, umas desde o pé até a copa, outras da copa somente.
Haveria um porquê determinante para eu tê-las tirado? Há quem ligue uma intencionalidade em toda obra, e por tal, uma necessidade de análise psicológica, de forma a extrair uma razão última a desvelar originalidade. Nesse caso, digo, isso não é necessário, pois o que me moveu a tirar essas fotografias foi a ideia absurda de que a beleza que eu nelas vi pudesse ser compartilhada e vista por outros também.
Na verdade, nós nos acostumamos, por motivos vários, a andar curvados sobre nós mesmos: por tristeza, tédio, opressão social ou uso reificante de celulares. Esse estar curvado sobre si mesmo impede o contato visual com o outro, seja ele quem for, bem como, por átimo que seja, de ver a beleza natural que nos cerca.
Essas imagens surgiram disso: do cansaço de estar e andar curvado, de modo a liberar o corpo de um peso desnecessário e poder ver o que há ao redor.
Isso basta?
Bem, ver a copa de um ipê roxo ou amarelo em plena floração, ou uma paineira desfolhada, com alguns poucos botões de flores é uma belezura, e bastam por si mesmas.
Então sim, para mim bastou, e é essa liberação de sentidos e do corpo que está registrado nessa exposição.
Terras de Rondon, verão amazônico de 2020.
Capturas que gritam. Parabéns!
Lindas fotografias, parabéns.
Parabéns, lindas fotos!
Árvores têm almas? Pergunto porquê tenho a convicção de as ver dançando nessas fotos!
Parabéns! Linda exposição.
Que lindas e bem tiradas
Simplesmente maravilhosas!
Me encanta contemplá-las!
Meus Parabéns, pelos registros!!
Parabéns pela excelente exposição virtual
Árvores têm almas? Pergunto pelo fato de as ver dançando nessas fotos!
Linda exposição! Muita sensibilidade para conseguir registrar imagens tão bonitas. Parabéns
Parabéns, Marcus, pelo belo registro! Nossa rica flora amazônica merece mais apreciadores. O seu alerta, no entanto, precisa ser levado em conta: se não nos descurvarmos, se não estender e elevarmos o olhar, nada perceberemos!!
Marcus Vinicius, além de ser um dos maiores especialistas em Direito Internacional, do Brasil, mostra, com essas fotos, o que já era esperado: que ele possui uma sensibilidade ímpar, digna de ficar registrada não apenas nos instantâneos que ele captura, mas, nos museus da “mais bela essência do humano”. Parabéns.